Como falar sobre a assexualidade na vida real estimula registros da assexualidade virtualmente e vice-versa

Uma análise sobre como o envio de histórias pessoais agiu como continuidade da memória da identidade assexual e apoiou a exibição “A é para... (Museu da Assexualidade e Arromanticidade)”

Autores

  • Heloisa Midlej Faculdade Baiana de Direito

Palavras-chave:

Assexualidade, Representatividade, Narrativas pessoais, Registros históricos

Resumo

Este artigo reflete sobre a importância do registro de histórias pessoais na construção da visibilidade e representatividade da identidade assexual, analisando como essas narrativas, tanto no passado quanto no presente, se conectam e se fortalecem mutuamente. A pesquisa utiliza o método hipotético-bibliográfico e é de natureza qualitativa e teórica, baseando-se em análise documental e revisão bibliográfica sobre a temática da assexualidade. O estudo examina como o compartilhamento de experiências, incluindo registros históricos e contemporâneos, contribui para a preservação da memória coletiva da comunidade assexual e para a ampliação de sua representatividade cultural. A exposição “A é para... (Museu da Assexualidade e Arromanticidade)” é utilizada como exemplo concreto desse processo, sendo analisada como iniciativa que deu visibilidade às histórias enviadas por membros da comunidade. Além disso, são resgatados registros históricos, como a carta de Catherine Kobaly, publicada em 1981. O artigo conclui que o registro de narrativas pessoais possui papel fundamental para preservar a memória da identidade assexual.

Biografia do Autor

Heloisa Midlej, Faculdade Baiana de Direito

Bacharela em Direito pela Faculdade Baiana de Direito (FBD). Atuou como Monitora das disciplinas Direito Internacional (2020), Direito da Família (2021) e Direito e Diversidade (2024). Tem interesse nas seguintes áreas: Antropologia, Bioética, Biodireito, Direito Civil. E-mail: hmcseixas.contato@gmail.com.

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Publicado

26-02-2025

Como Citar

Midlej, H. (2025). Como falar sobre a assexualidade na vida real estimula registros da assexualidade virtualmente e vice-versa: Uma análise sobre como o envio de histórias pessoais agiu como continuidade da memória da identidade assexual e apoiou a exibição “A é para. (Museu da Assexualidade e Arromanticidade)”. Revista Memória LGBT, 10(01), 95–129. Recuperado de https://revista.memoriaslgbt.com/index.php/ojs/article/view/110

Edição

Seção

Dossiê Seminário Museus, Memória e Museologia LGBTQIA+ Comunidades - Parte 1

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